sexta-feira, 29 de maio de 2009

FNDC condena vandalismo da Anatel.

matéria retirada do site da associação comunitária e escola de rádio progresso.

A ACERP é uma entidade civil, sem fins lucrativos e filantrópicos, para prestar serviços: assistenciais, sociais, de ensino, cultural, de saúde, de proteção ao meio ambiente, esportivo e cultural, que regerá pelo estatuto e pela legislação em vigor, E vedado o proselitismo de qualquer natureza assim como qualquer preconceito ou discriminação de etnia, gênero, orientação sexual, religiosa ou política, bem como a pessoa com qualquer tipo de deficiência e o desrespeito aos valores éticos sociais da pessoa e da família, quer em suas atividades e objetivos sociais ou entre os componentes de seu quadro associativo e terá duração por tempo indeterminado.


A destruição de equipamentos de rádios comunitárias constitui um ato de ignorância e prepotência, representa uma atitude deliberada contra a democratização da comunicação e deixas às claras os temores de setores empresariais frente à Conferência Nacional de Comunicação

1) A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) destruiu dia 8 de abril, em São Paulo, oito toneladas de equipamentos apreendidos de radiodifusores comunitários.

2) A destruição, fartamente documentada e divulgada pela própria Anatel, foi feita com máquinas do município cedidas pelo prefeito Gilberto Kassab (DEM), e por ele acompanhada.

3) A Agência justificou sua atitude definindo-a como um “ato simbólico”, sinalizando a disposição das autoridades de combater “atividades ilegais”.

4) O Fórum Nacional pela Democratização (FNDC), entidade integrada por centenas de entidades municipais, regionais e nacionais, através da sua Coordenação Executiva condena com veemência a atitude da Anatel.

5) Ao lado das suas atribuições regulatórias gerais, cabe à Anatel também trabalhar pelo fomento da radiodifusão comunitária, considerando a sua reconhecida importância para a sociedade.

6) Entretanto, a Anatel atua de modo contrário à democracia.

7) Ao destruir os equipamentos a Agência pratica um ato de vandalismo, investindo contra um patrimônio coletivo e de inestimável valor social para as comunidades.

8) Ao destruí-los, a Anatel age de modo prepotente, pois lhe caberia a guarda do material e as providências para a sua preservação e reutilização, considerando que está em curso o aperfeiçoamento da legislação vigente e a regularização de milhares de emissoras comunitárias, cujos processos aguardam despachos do Governo Federal.

9) A destruição dos equipamentos também representa uma cabal demonstração de ignorância sobre o papel fundamental da comunicação para a consolidação da democracia, o fortalecimento da sua pluralidade e dos laços culturais da nação brasileira.

10) A desabusada prática de vandalismo, prepotência e ignorância perpetrada pela Anatel não se deve a qualquer eventual desvio das suas funções, mas sinaliza que aquela Agência e os interesses dos grandes grupos de comunicações nela abrigados movem-se contra a realização da 1ª Conferência Nacional de Comunicação, prevista para dezembro deste ano.

11) O FNDC reconhece a importância dos grandes meios de comunicação e historicamente defende a regulamentação das comunicações brasileiras, assim como defende enfaticamente o direito das comunidades praticarem a sua própria comunicação e nela se reconhecerem.

12) O gesto da Anatel, apresentado como “simbólico”, efetivamente tornou-se símbolo de práticas e idéias destinadas à lata de lixo da história.

13) Essa evidência, porém, não exime a Anatel de prestar contas ao povo brasileiro pelos acontecimentos de São Paulo, sob pena de fazê-lo através de uma ação judicial, que já está sendo avaliada pelas entidades pró-democratização da comunicação de todo o país.

14) O FNDC está e sempre estará ao lado daqueles que são perseguidos e silenciados pelos interesses antidemocráticos e convoca os brasileiros e brasileiras que lutam pela democracia na comunicação para se unirem em defesa da Conferência Nacional de Comunicação.



Brasília, 9 de abril de 2009.

Entidades Coordenadoras-executivas do

Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação - FNDC
ABRAÇO – Associação Brasileira de Radiodifusão Comunitária
ANEATE – Associação Nacional das Entidades de Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões
CFP – Conselho Federal de Psicologia
FENAJ – Federação Nacional dos Jornalistas
FITERT – Federação Interestadual dos Trabalhadores em Empresas de Radiodifusão e Televisão

Fonte da notícia: FNDC

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quarta-feira, 27 de maio de 2009

DOGMA 95

apresentaremos neste tópico o dogma 95 criado pelos cineastas Thomas Vinterberg e Lars von Trier


As regras do Dogma 95, também conhecidas como “voto de castidade”, são:

1. As filmagens devem ser feitas em locais externos. Não podem ser usados acessórios ou cenografia (se a trama requer um acessório particular, deve-se escolher um ambiente externo onde ele se encontre).
2. O som não deve jamais ser produzido separadamente da imagem ou vice-versa. (A música não poderá ser utilizada a menos que ressoe no local onde se filma a cena).
3. A câmera deve ser usada na mão. São consentidos todos os movimentos - ou a imobilidade - devidos aos movimentos do corpo. (O filme não deve ser feito onde a câmera está colocada; são as tomadas que devem desenvolver-se onde o filme tem lugar).
4. O filme deve ser em cores. Não se aceita nenhuma iluminação especial. (Se há muito pouca luz, a cena deve ser cortada, ou então, pode-se colocar uma única lâmpada sobre a câmera).
5. São proibidos os truques fotográficos e filtros.
6. O filme não deve conter nenhuma ação "superficial". (Homicídios, Armas, etc. não podem ocorrer).
7. São vetados os deslocamentos temporais ou geográficos. (O filme se desenvolve em tempo real).
8. São inaceitáveis os filmes de gênero.
9. O filme deve ser em 35 mm, padrão.
10. O nome do diretor não deve figurar nos créditos.

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segunda-feira, 25 de maio de 2009

O Nascimento de um Coletivo

nós do coletivo cultural consciencia criativa estamos ae pra isso.

E-mail ou msn: europeisburning@hotmail.com
Olá, estou a procura de pessoas interessadas a formar um coletivo de cultura libertária altermundialista, que daria prioridade à política, à arte e à filosofia, abordando temas da atualidade

. O objetivo é de chamar a atenção da população para os principais tipos de alienação social: publicidade, consumismo, poluição, degradação do meio ambiente, a obsessão pelo terrorismo, etc. Aberto a sugestões.
Esse grupo seria totalmente informal, sem vínculo com nenhum partido e aberto a todas aqueles que quiserem colaborar de alguma forma, como puderem e quiserem. Não há nenhum tipo de compromisso ou engajamento. Queremos algo o mais criativo, provocador e livre possível.
Podemos atuar de diversas maneiras, seja na mídia (publicação de jornais impressos, revistas, blogs, rádio, televisão, fotografia, etc.), seja de forma artística (desenhos, pinturas, artesanato, peças de teatro, filmes, etc.) ou eventos (debates, conferências, manifestações, free party, etc.). Não importa a sua área de atuação, você sempre poderá colaborar de alguma forma!
Os interessados por favor me contatar! E por favor, se você tiver amigos que poderiam se interessar, fale com eles sobre o coletivo. Divulgue a informação ao máximo.

Marriana

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domingo, 24 de fevereiro de 2008

VIP

Não tem nada que me irrite mais em eventos do que saber das chamadasáreas VIP. Aqui no Brasil se tornou comum a idolatria por essa sigla -Very Important Person - e brotam como flores os eventos que, pormenores que sejam, sempre tem a bendita área VIP.Quem trabalha com produção cultural sabe que é necessário paraqualquer evento chamar certas pessoas-chave.


Geralmente nessa lista deconvidados incluem pessoas que trabalharam no evento, financiaram omesmo de alguma forma, enfim. É puramente comercial o sentido dapresença certas pessoas nos eventos, para fechar parcerias, acordos,etc. Às vezes, é necessário uma ou outra pessoa conhecida do grandepúblico para fins publicitários. Mas são convidados, como já disse, apresença deles tem uma função comercial, estratégica. E o atendimentoà essas pessoas é chamado de "especial" por isso. Isso significa quese o figurão tem dinheiro, porém não está na lista VIP - porque elenão é interessante para o evento - compra seu camarote e fica na sua.Mas aqui no Brasil, a área VIP ganhou um outro sentido.De uns tempos para cá eu tenho notado que as áreas VIP se tornarammaiores. Absurdamente maiores. Pra tudo tem área VIP gigante. Até aí,nada "de mais", se não fosse por um porém: a obrigação de, em todoevento de grande porte, haver uma área só para as chamadas"celebridades" (entende-se por "celebridade" no Brasil aquela pessoarealiza coisas irrelevantes, como atuar mal, porém sexy, em algumanovela, apresenta programa de tv, posa nu\nua, dentre outras"qualidades, mas que graças à mídia nacional ganha uma projeçãoabusrda dentro do país, mas não consegue ir além das fronteiras ouporque é muito ruim ou porque não se interessa - já que é popular osuficiente por aqui - ou porque não tem nada de interessante mesmo). Ajá conhecida área VIP, com uma nova roupagem.Já vi essa modalidade de área VIP em todos os tipo de evento. É sério.Desde megaconcertos (sejam eles gratuitos ou não), passando porcorrida de fórmula 1 e culminando no futebol. Em todos os eventosditos culturais de grande porte tão eles lá. E junto à essa moda deárea VIP veio um vício horroroso "importado" da Bahia: os "abadás".O "abadá" é uma palavra que vem do iorubá e é uma espécie de bata queos escravos vestiam; o mesmo nome também é usado para designar a roupado capoerista. Mas hoje, "abadá" virou sinônimo de uniforme. Isso é,são aquelas camisa-convite (que por si só não bastam, tem eventos quetambém precisam de pulseira de identificação e\ ou credencial). Nestacamisa-convite costuma haver o nome do evento e uma peeeeenca depatrocinadores responsáveis pelo evento. E são distrubuídas aos baldesàs "celebridades" tupiniquins. São "convites" disputados à tapas, àscustas de muita humilhação, porque graças à elas, o dito\a cuja podedesfrutar do tratamento VIP DE GRAÇA - senão, cadê a vantagem?? - edar uma "forcinha" publicitária no evento. Não interessa se oconvidado tem ou não o perfil do evento. Pouco importa se ele ajudaráde alguma maneira a realização do próximo show, jogo, ou corrida. Naverdade, não contribuem pra nada nesse sentido. São um bando depseudofamosos, sem relevância para o evento. (AH!!! E de onde sai odinheiro para convidar tanta gente!?? HEIM???)Entretanto, graças à nossa mídia, esses pseudofamosos são tachados de"importantes".E pra variar, nosso povo reproduz igualzinho.Se alguém está organizando um grande churrasco, alguma festa, ondehaverá a diferença entre o valor cobrado e o não cobrado, é certo deencontrar uma área VIP. Quem não paga, entra sem filas e come e bebebem a noite toda é importante. Mesmo não fazendo absolutamente nada. Éfácil observar que é idêntico quando se percebe que muitas pessoas seesquecem de si para ser VIP em uma festa.O problema não é o evento ser grande ou pequeno. O problema está naquestão no que se entende "ser importante, ser especial, serindispensável". Ser VIP, em nossa sociedade é ser superior. É estaracima do bem e do mal. É o "culto à personalidade" do qual Adornotanto falou no século passado, é a idéia capitalista de "sucesso" - otopo é para poucos - enfim, a área VIP é um dos melhores exemplos paraobservar tudo isso e muito mais.É por essas e outras que eu ABOMINO todas essas áreas VIP queapareceram e as que vão aparecer. É por questões políticas, sociais,culturais! Quero ir à eventos longe dessa gente que não presta paranada, que não criam nada! Que só disseminam a ideologia dominante! Nãome empurrem essas pessoas!!! Quero o fim das áreas VIP! Very InutilPerson!!!

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domingo, 10 de fevereiro de 2008

A ÁGUIA E O TERROR

Logo após o termino da segunda guerra mundial, com a emergência da bipolarização, do mundo entre as superpotências vencedoras, criando assim a dicotomia entre os Estados Unidos, como superpotência do mundo capitalista, e a União Soviética, superpotência do mundo comunista.
A guerra fria, que foi o choque diplomático entre as superpotências, onde não muito raro ocorreu conflitos militares, porem periféricos, tal como a guerra da Coréia (1950-1953), ou seja, nunca ocorreu um conflito direto entre as superpotências, onde segundo o teórico Noam Chomsky, foi uma guerra feita pelos Estados Unidos, estes interessados apenas em destruir a União Soviética, enquanto que os soviéticos estavam apenas interessados na coexistência, tanto que para provar a sua tese, Chomsky dirá em sua obra, Contendo a Democracia, que a questão da Grécia, onde a guerra fria foi deflagrada oficialmente, foi forjada pelos Estados Unidos, já que Stalin já tinha desistido da Grécia, segundo os acordos da conferencia de Yalta, porem com a deflagração da guerra fria os Estados Unidos puderam investir macicamente na industria bélica, como ficou ratificado no memorando NSC 68, enquanto que para os seus satélites da Europa Ocidental, os Ianques que estimularam a descolonização da África, para transformá-la em base de reconstrução das economias da Europa Ocidental, destruídas pela guerra, enquanto que a América Latina ficou confirmada inteiramente como zona de influencia dos Estados Unidos.

Com o advento da revolução Chinesa de 1949, os Estados Unidos tiveram que investir maciçamente na reconstrução do Japão, na qual os Ianques tinham planejado anteriormente transformá-la em apenas num país dependente com uma economia razoável, tal como um país que conheço..., porem com a Revolução Chinesa os Ianques tiveram que mudar os planos, ou seja, agora era preciso transformar o Japão em um satélite, potência econômica do extremo oriente, para poder contrapor o gigante Chinês. Os Ianques, que também estimularam a descolonização da Ásia, para transformá-la em base de reconstrução da economia japonesa, e para frear o “expansionismo” do gigante soviético, os Estados Unidos se envolveram diretamente nas guerras da Coréia (1950-1953) e do Vietnã (1954-1974), e serviram-se dos produtos japoneses, assim estimulando a sua indústria e consequentemente o seu desenvolvimento econômico, ou seja, a militarização dos Estados Unidos na defesa contra o “perigo comunista”, acabou por reconstruir economicamente a Europa Ocidental (especialmente a Alemanha Ocidental) e o Japão, onde já nos fins da década de 1970, eles já eram grandes concorrentes econômicos dos Estados Unidos, tendo superado-os em alguns setores econômicos, por exemplo, o Japão superou os Estados Unidos na indústria automobilística e na robótica, enquanto que os Alemães os superaram na indústria química, ou seja, o crescimento econômico dos satélites Ianques ocorreu concomitantemente com o inicio da decadência econômica dos Estados Unidos, tal como veremos mais adiante.
Devido a grande inflação da década de 1960, devido aos poucos investimentos na economia domestica, já que os recursos estavam destinados à indústria bélica, e somando a isso tudo a reestruturação econômica da Europa Ocidental e do Japão e também a grande divida externa contraída pelos Estados Unidos, eles viram-se na necessidade de acabar com o capitalismo Keynesiano, ou seja, com o Welfaire State, com a época de ouro do capitalismo, com o estado de bem estar social, com o capitalismo de estado em prol do capitalismo que prima pelos investimentos da iniciativa privada na esfera publica, onde o Estado “enxuga” a sua maquina, privatizando as suas empresas para a iniciativa privada, inclusive setores essenciais da sociedade em si, como a saúde e a educação, que em minha opinião, tem que ser garantidas exclusivamente pelo Estado, ou seja, a substituição do Keynesianismo pelo Neoliberalismo, tendo a crise do petróleo como estopim do falecimento do Keynesianismo. Porem a crise do petróleo foi claramente forjado pelos Estados Unidos, tanto que das setes irmãs do petróleo, ou seja, as empresas que monopolizam a extração e refinamento do petróleo no mundo, cinco são Ianques, como a Chevrom, a Exon, a Móbile e etc., tanto que os maiores beneficiados dessa crise foi o Primeiro Mundo, que delegou esse pesado ônus ao terceiro mundo e os bancos Ianques foram os maiores beneficiados dessa crise, pois os bilhões de dólares que os sheiks árabes lucraram desse aumento dos preços do barril de petróleo, (que foi de U$S 4,00 para U$S 12,00) foram depositados nos bancos ianques, e alem disso as sete irmãs do petróleo já investiam bilhões em outras fontes de energia, especialmente nas renováveis.
Na década de 1980, durante o governo de Reagan, nos Estados Unidos, o mundo pode observar, um significativo aumento de gastos do governo Ianque no pentágono, com o intuito de aniquilar economicamente a União Soviética, que vivia a estagnação e tentava se reestruturar através de medidas como a Perestroika e a Glasnost, durante o governo de Gorbatchev, o que acabou por provocar as ambições de grupos locais por poder, tal como nas republicas bálticas, o que acabou por acelerar o esfacelamento do Estado Soviético, findando-se em 1991.
Já no ano de 1989, com a queda do muro de Berlim, fato que simbolizou a derrota do bloco Soviético, O colapso da URSS em 1991 pegou os EUA de surpresa, pois com o fim da superpotência comunista, os EUA ficaram sem o seu inimigo, aquele que justificava toda a sua política bélica, em detrimento da econômica, pois o colapso do comunismo significou na verdade o colapso do liberalismo, removendo a única justificação ideológica que respaldava a hegemonia americana, uma justificativa tacitamente apoiada pelo adversário ideológico ostensivo do liberalismo. Essa perda de legitimidade conduziu diretamente à invasão do Kuwait pelo Iraque, que o líder iraquiano Saddam Hussein jamais teria ousado se os acordos de Ialta continuassem em vigor, e com a vitória, os Ianques ficaram numa grande duvida abrir mão desse novo e enorme poderio conquistado pelo fato de ser a única superpotência do globo, conquistado à “duras penas”, em prol da democracia e do mundo unipolar, onde a guerra agora é econômica e não militar (note bem, os Estados Unidos desde o fim da década de 1960 encara uma grave recessão econômica, como já foi dito atrás), ou continuar com a sua política bélica, só que agora com novos inimigos.
O povo ficou com a primeira opção, enquanto que uma parte considerável da elite ianque acreditou na segunda opção, já que tinham grandes investimentos na indústria bélica e petrolífera, porem, quem seria esse inimigo em comum do Ocidente?
Desde o fim da Segunda Guerra Mundial a Ásia Ocidental, conhecida popularmente como Oriente Médio, transformou-se num barril de pólvora, ora pela descolonização, ora pela criação do Estado de Israel (1948), ora por ser o grande reservatório mundial de petróleo (o ouro negro) motor da sociedade mundial atualmente, os Estados Unidos decidiram fazer dessa região em sua zona de influência direta, assim como a América Latina, porem, ficou acordado em Yalta que esta região ficaria sob a influência Soviética, fato que os Estados Unidos não respeitaram, evidentemente. Porem a relação entre o Ocidente Judaico-Cristão e o Oriente Médio Muçulmano nunca foi boa, desde os tempos da conquista da península ibérica pelos omíadas, onde culminou na batalha dos Poitiers, vencida pelos francos, liderados por Carlos Martel em 732, o que culminou na reconquista cristã na península ibérica, que durou cerca de setecentos anos até culminar na conquista de granada em 1492, incluindo nesse mesmo período as cruzadas, voltando à contemporaneidade podemos perceber que o ranço entre o Ocidente Judaico-Cristão e o Oriente Médio Muçulmano é secular, onde é bastante comum tratar os muçulmanos preconceituosamente, onde na maioria das vezes são tratados como infiéis, tal como escreve o historiador Cesari Cantú, na sua obra, História Universal, ou são ocidentalizados, tal como o historiador Perry Anderson, na sua obra, Linhagens do Estado Absolutista, especificamente no capitulo sobre a Casa do Islã, entre outros. E essa relação ficou mais aminosa devido à criação do Estado de Israel (1948) desalojando os Palestinos, que ocupavam o Levante há séculos, em prol da construção de um Estado-Satélite dos Estados Unidos, onde Israel seria, e é a base dos Estados Unidos da região, apoiando assim incondicionalmente as investidas militares de Israel na região, como a tomada dos territórios palestinos, a guerra dos sete dias, a guerra do Yon Kippur entre outros atos terroristas de Israel na região, como o massacre de uma aldeia palestina em 1967, onde as tropas de Israel eram comandadas por Ariel Sharon, tal como diz o paquistanês Tariq Ali, em seus livros, “os Estados Unidos e Israel são Estados terroristas”, onde o mesmo defende que atos como a intifada são atos de ativismo político, assim como os ataques dos homens-bombas e o ataque às torres gêmeas da Word Trade Center e do Pentágono (ambas em 2001), enquanto que para o Ocidente tudo isso não passa de terrorismo, enquanto que os massacres ocorridos pela segunda guerra do Iraque (2003-), tal como a utilização da bomba mostarda, são em prol da luta pelos direitos humanos e pela implantação da democracia no Iraque? Ou será que o verdadeiro objetivo é a recolonização do Iraque, tal como diz Tariq Ali em seu livro, Bush na Babilônia e a Recolonização do Iraque, para obter um imenso reservatório de petróleo, para assim contrapor a hegemonia Saudita na OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) logo conseguindo contrapô-los na determinação do preço do barril de petróleo no mercado internacional? Já que as suas reservas e jazidas internas de petróleo já estão no fim.
A relação entre o Ocidente Judaico-Cristão e o Oriente Médio Muçulmano é tão complicada que frequentemente os aliados dos Estados Unidos se transformam em inimigos deste, tal como foi no caso do Irã, quando o Xá Reza Pavheli era aliado, pois atendia os interesses Ianques incondicionalmente, renegando a do povo iraniano, ate que em 1980 ocorreu a revolução Islâmica, que depôs o Xá e colocou no poder os ialatolás, como o Kolmeini, que para os Estados Unidos não passou de um terrorista, assim como a atual chefe de estado do Irã, Marmud Ahmadinejad, tanto que os Estados Unidos estão querendo entrar em guerra com o Irã “terrorista”, assim como fizeram com o Iraque, que no inicio era aliado Ianque, tanto que os Estados Unidos armaram o Saddan Hussein e fizeram o Iraque de base na guerra Iraque-Irã (1980-1988), porem quando Saddan não serviu mais aos interesses Ianques na região foi anulado na guerra do Golfo e eliminado na atual Guerra do Iraque, pois na ótica Ianque se um tirano for aliado, ele é moderado, se é inimigo, ele é terrorista, pois na ótica dos Estados Unidos é melhor ter que lidar com Mussolini, Pinochet ou Mobutu do que ter que lidar com um Lênin, Jango ou Fidel Castro.

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